quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo (Millenium 2) - Stieg Larsson


Título: A rapariga que sonhava com uma lata de gasolina e um fósforo 
Autor: Stieg Larsson
Nº de Páginas: 623
Editora: Oceanos - Bis Leya

Sinopse: «Depois de uma longa estada no estrangeiro, Lisbeth Salander regressa à Suécia, cede o pequeno apartamento onde vivia  à sua amiga Miriam Wu, e instala-se luxuosamente numa zona nobre da cidade. Pela primeira vez na vida é economicamente independente, mas cedo percebe que o dinheiro não é tudo: não tem amigos nem família e está só. 
Mikael Blomkvist, que tentara contactar Lisbeth Salander durante meses, sem sucesso, desiste e concentra-se no trabalho. À Millenium chegou material para uma notícia explosiva: o jornalista Dag Svensson e a sua companheira Mia Johansson entregam na editora dois documentos que provam o envolvimento de personalidades importantes numa rede de tráfico de mulheres para exploração sexual. Quando Dag e Mia são brutalmente assassinados, todos os indícios recolhidos no local do crime apontam um suspeito: Lisbeth Salander. O seu passado sombrio e pouco convencional não abona a favor da sua imagem e a polícia move-lhe uma perseguição implacável. Lisbeth Salander, que está disposta a romper de vez com o passado e a punir aqueles que a prejudicaram, tem agora de provar a sua inocência e só uma pessoa parece disposta a ajudá-la: Mikael Blomkvist que, apesar de todas as evidências, se recusa a acreditar na sua culpabilidade.»

Penso que este foi o livro que me fez sentir, pela primeira vez, a curiosidade que engloba toda uma trilogia; a forma como a narrativa propositadamente se divide, de modo a deixar aquela réstia de ansiedade em relação a uma determinada personagem ou acontecimento é, na minha opinião, uma receita muito boa para este género de thriller. E que thriller!
Foi também nesta segunda parte que concluí que gosto muito mais de Lisbeth; a sua frieza e brutalidade em contraste com a bondade que oferece às - poucas - pessoas em quem confia formam o ponto de equilíbrio para uma personagem hiper cativante e imprevisível. Virei página a página, desejoso de a puder encontrar no próximo parágrafo, tal era a ansiedade de descobrir o que se passava naquela mente, simultâneamente dotada e implacável. Senti nela uma confiança tal que, independentemente do género de ameaça que lhe aparecesse, sabia que iria safar-se. A certo ponto senti-me incapaz, pois fui invadido por uma vontade colossal de ajudá-la, até voltar a cair em mim e bater de cara no meridiano que separa a realidade da ficção, divisão essa que consigo ver cada vez menos nitidamente. Gostei deste livro principalmente por ter mais suspense que o primeiro, entre vários outros aspectos que me conseguiram deixar à beira das insónias, absorto de tudo o resto e com muita, muita vontade de continuar a ler...


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