domingo, 8 de maio de 2011

Gomorra - Roberto Saviano

Título: Gomorra
Autor: Roberto Saviano
Nº de Páginas: 351
Editora: Caderno
Preço: 18,17 €

Sinopse: «Esta perturbadora viagem ao mundo dos negócios e do crime organizado da Camorra começa e termina sob o signo das mercadorias, do seu ciclo de vida. Mercadorias "frescas" chegam ao porto de Nápoles todos os dias para serem de imediato ocultadas e armazenadas em prédios antigos. Mais tarde, chegam as mercadorias "mortas", de toda a Itália e de meia Europa, sob a forma de escórias químicas, resíduos tóxicos ou mesmo esqueletos humanos, que são abusivamente despejadas nos campos da Campânia - os mesmos onde os boss constroem as suas mansões hollywoodescas.
É esta hoje a Camorra, ou melhor o "Sistema", que Roberto Saviano, um jovem jornalista nascido e criado na terra da máfia, denuncia na primeira pessoa. O resultado é um livro brutal, apaixonado e, ao mesmo tempo objectiva e escrupulosamente investigado, pleno de horrores e de inquietante fascínio: Gomorra.»

Realidade ou ficção? É esta a dúvida com que se fica após ler este livro. É certo que se trata de um relato jornalístico - à semelhança de tantos outros - daquilo que observa o seu autor, mas estão aqui revelados acontecimentos dignos de qualquer livro de fantasia urbana.
Roberto Saviano, nascido e criado na cidade da Camorra - que para quem não sabe é uma das maiores organizações criminosas a nível mundial - tem aqui um trabalho de uma profundidade notável ao mundo da máfia napolitana, onde foram recolhidas informações detalhadas, algumas até demais, dos seus integrantes, das movimentações das mercadorias controladas pelo seu grupo e até da longevidade deste "sistema" sediado no sul de Itália.

Não é o meu registo literário de eleição, sendo que o achei demasiado descritivo, algo que, por outro lado, me parece ser algo inevitável neste tipo de registo, onde o autor simplesmente narra aquilo que vê com os seus próprios olhos. Aconselho a quem pretenda aprofundar conhecimentos acerca do insólito mundo do crime ou a quem queira apenas ficar boquiaberto de espanto com a longevidade do longo braço criminal. Desaconselho a leitores frágeis.

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